Plantas medicinais são usadas há séculos para tratar e aliviar sintomas de doenças, e o Cerrado brasileiro é uma verdadeira farmácia viva. Mas é preciso lembrar: mesmo sendo natural, planta medicinal não é inofensiva. O uso inadequado pode causar efeitos colaterais, interações com medicamentos e até intoxicações.
O segredo está em usar com consciência, moderação e informação.
🚫 Principais riscos no uso indevido de plantas medicinais:
1. Dose excessiva
Muitos acreditam que “quanto mais forte, melhor”. Mas o excesso pode levar a problemas hepáticos, náuseas, vômitos, diarreia ou pressão baixa.
2. Plantas com nomes populares iguais, mas espécies diferentes
Por exemplo, o “chá de erva-de-santa-maria” pode se referir a plantas diferentes em cada região — com efeitos bem distintos, e até perigosos.
3. Interação com medicamentos
Algumas ervas interferem com remédios de uso contínuo, como anticoagulantes, antidepressivos e diuréticos. Exemplo: gengibre, ginkgo biloba e erva-de-são-joão.
4. Uso prolongado sem acompanhamento
Chás não devem ser usados por mais de 7 a 10 dias seguidos sem orientação, especialmente se tiverem ação forte no organismo (diurética, laxativa, sedativa).
5. Uso em grupos vulneráveis
Grávidas, lactantes, crianças e idosos devem evitar o uso de plantas sem recomendação profissional.
✅ Cuidados essenciais antes de usar plantas medicinais:
- Identifique corretamente a planta (de preferência com nome científico)
- Compre de fontes confiáveis ou colete com quem entende
- Use a parte certa da planta (raiz, folha, casca…)
- Prepare o chá corretamente: infusão, decocção ou maceração, conforme o caso
- Respeite a dose, a frequência e a duração do uso
- Ao primeiro sinal de reação adversa, interrompa o uso e procure orientação médica
💡 Dica importante:
Use plantas como complemento, nunca como substituição de tratamentos médicos. A fitoterapia é uma ferramenta valiosa — mas quando mal utilizada, pode trazer riscos reais à saúde.
✨ Conclusão:
Plantas medicinais têm grande poder — para curar ou para causar mal, dependendo de como e por quem são usadas.
Cultivar o respeito pelo saber tradicional é também saber quando, quanto e para quem uma planta deve ser usada.
Fonte: Verdejando BSB