Muito antes dos laboratórios modernos, nossas avós, parteiras e raizeiros já conheciam os segredos das plantas. Ervas que curam dores, acalmam a alma ou protegem contra “mau-olhado” fazem parte do imaginário de muitas culturas — especialmente no Brasil, onde a mistura de saberes indígenas, africanos e europeus criou um verdadeiro patrimônio verde de cura popular.
Neste post, você vai conhecer histórias, crenças e curiosidades populares sobre plantas medicinais que marcaram gerações e ainda vivem nos quintais e nas conversas do interior.
🍃 1. Arruda: a protetora espiritual
Na cultura popular, a arruda é considerada uma planta de proteção contra energias negativas e inveja. Era (e ainda é) comum deixar um ramo atrás da orelha ou na porta de casa.
🌿 No uso medicinal, serve como anti-inflamatório e calmante natural, mas deve ser usada com cautela — principalmente por gestantes.
💛 2. Camomila: acalma corpo e alma
Além de calmante e digestiva, a camomila é cercada de histórias de cuidado materno. O chá é tradicionalmente usado por mães para acalmar bebês, aliviar cólicas e ajudar no sono.
🍵 Reza a lenda que uma xícara de chá quente de camomila cura não só o estômago, mas também o coração agitado.
🌱 3. Guiné: o escudo contra o mal
Muito usada em práticas de benzimento, a guiné é tida como planta de limpeza espiritual e proteção energética.
Também é associada à força dos orixás e usada em rituais afro-brasileiros.
🌿 Tem uso medicinal como analgésico natural e auxiliar no tratamento de dores reumáticas.
🌼 4. Erva-doce: doçura para o corpo e para as palavras
Além de aliviar gases e melhorar a digestão, a erva-doce era oferecida como chá para acalmar crianças, suavizar palavras agressivas e promover harmonia nos lares.
🌾 No interior, diziam que “quem toma chá de erva-doce não fala palavrão”.
🌿 5. Alecrim: para memória, coragem e alegria
Na tradição popular, o alecrim está ligado à alegria de viver. Era usado em banhos energéticos e travesseiros aromáticos para espantar a tristeza e o desânimo.
📜 Dizem que “onde há alecrim, o mal não entra” — e isso atravessou gerações como símbolo de força e proteção.
✨ Conclusão
Essas histórias não substituem a medicina moderna, mas são parte de um saber ancestral, afetivo e coletivo. Resgatar esses conhecimentos é uma forma de honrar nossas raízes e cultivar um olhar mais conectado à natureza.
As plantas curam, acolhem, protegem — e também contam histórias. Basta escutar com o coração.
Fonte: Verdejando BSB